Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Mitos e Verdades sobre a Pessoa com Deficiência 

Mito1: “As pessoas com deficiência são aqueles que andam de cadeira de rodas.”

O conceito de deficiência é, atualmente, um conceito amplo segundo a Organização Mundial de Saúde (2001). Se antigamente o conceito de deficiência estava associado a uma implicação visível de limitação, hoje, tenta-se e sabe-se que vai muito mais além disso, acordando-se uma perspetiva inclusiva do próprio conceito. As limitações podem estar em um ou vários domínios (emocional, motor, cognitivo, comunicativo, sensorial, …) e podem ser de graus de severidade variável. 

Mito 2: “Vai ser sempre assim, não há cura, não vale a pena fazer nada…”

A deficiência, considerando-a como permanente, acompanhará a pessoa o resto da sua vida, é um facto. Contudo, para além da deficiência, existe um ser humano, uma pessoa/ família que pode e quer melhorar a sua qualidade de vida! Por isso, a intervenção nestas áreas deve ir muito além de qualquer diagnóstico ou rótulo que seja apresentado e deve ter um caráter o mais especializado e atempado possível. E a prova disso são os inúmeros casos de sucesso e de superação, tanto profissionalmente, como no desporto.

Mito 3: “Ok, mas só os médicos e técnicos especializados é que podem ajudar.”

O acompanhamento médico, terapêutico e pedagógico é essencial e insubstituível. Contudo, cada cidadão, conhecedor dos direitos humanos universais, tem o dever de contribuir através de pequenas mudanças atitudinais diárias para esta missão… que não é uma missão das pessoas com deficiência, é de todos nós.

Verdade 1: “A deficiência não é contagiosa.”

Nunca! Infelizmente um preconceito ainda presente mas sem qualquer fundamento científico. Deficiência não é doença. Cumprimente, fale e ajude à vontade! Não irá desenvolver qualquer tipo de alteração por isso!

Verdade 2: “É possível intervir, apoiar e ajudar.” 

Sempre. Quanto aos objetivos, esses dependerão de inúmeros fatores, entre os quais as necessidades do momento da pessoa e seus contextos.

O que importa então? Perceber a funcionalidade da pessoa, não só ao nível das suas competências, como, e acima de tudo, ao nível da sua participação nos contextos que lhe são significativos. Só assim se poderá realizar uma intervenção não só dirigida a pessoa, como aos seus parceiros e contextos próximos, com estratégias dirigidas, adaptações úteis, sentidas pelas famílias como necessárias e exequíveis.

Estas são as orientações atualmente defendidas na literatura na abordagem a pessoa com deficiência e pelas quais as abordagens terapêuticas (e não só) se deverão orientar. Pois só assim faz sentido, com um olho voltado para a pessoa e outro para a família/ comunidade, por um mundo mais justo e inclusivo… e participativo! 

Verdade 3: “Ninguém escolhe ter deficiência.” 

Ninguém. É uma condição de vida, que pode surgir a qualquer momento. Pode ser mais ou menos limitativa, sendo o contexto e as pessoas que nele se inserem a maior barreira à participação ativa na comunidade.


No Gabinete de Apoio à Família e Comunidade, temos uma equipa técnica e terapêutica que o pode ajudar a perceber melhor o que é a deficiência!



A equipa do GAFC - Terapia da Fala (Diana Costa e Joana Pinheiro), Psicomotricidade (Sofia Alves), Terapia Ocupacional (Patrícia Marcelino), Psicologia (Joana Venda, Elsa Brito e Natália Santos), Musicoterapia (Edna Pinto)