Dia Mundial de Sensibilização da Doença de Alzheimer
21 Setembro
21 Setembro
O Alzheimer, como vulgarmente denominado, é uma das formas mais comuns de demência (50 a 70% dos casos de demência correspondem a demência tipo Alzheimer). Também em Portugal estes números são bastante significativos, estimando-se que existam aproximadamente 160 mil portuguesas diagnosticados com estas doença, e no mundo estima-se que afete cerca de 25,6 milhões de pessoas.
De cariz neurológico, esta doença provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas que utilizamos diariamente, como a memória, a atenção, a concentração, o pensamento, a linguagem, entre outras. É irrefutável o impacto no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das atividades da vida diária, como conversar.
Não existe ainda uma cura para esta doença, pelo que o tratamento da mesma é indispensável e deve ser feito o mais precocemente possível, aliando a componente farmacológica com a estimulação das capacidades cognitivas da pessoa. Procura-se assim retardar e atenuar os sintomas da mesma, e que gradualmente conduzem a pessoa a uma situação de dependência.
Diferentes estudos apontam para a importância de recorrer a profissionais especializados (terapeutas, psicólogos, psicomotricistas) que promovam esta estimulação de competências, por exemplo:
Promoção da expressão dos seus pensamentos e necessidades: com o agravamento dos défices linguísticos são registadas grandes dificuldades comunicativas, aumentando a apatia e alheamento do que rodeia a pessoa, dado que diminui a sua participação social e familiar.
Esta limitação tem impacto em dois sentidos: nem o doente consegue transmitir, expressar, participar e comunicar as suas necessidades e sentimentos, sendo facilmente excluído; como também os seus familiares e cuidadores deixam de compreender e ajudar o doente no seu pleno, existindo maior dificuldade em ir ao encontro das necessidades de quem cuidam e amam.
Promoção de atividades motoras de diferentes contextos: a deglutição (engolir) é um dos comportamentos motores que é alterado com a progressão da doença, provocando disfagia (dificuldade em engolir), que por seu turno, pode conduzir a problemas respiratórios graves, como pneumonias, uma vez que o alimento, bebida e/ou saliva se alojam nos pulmões, sendo a toma oral da medicação por parte do doente uma das principais dificuldades relatado pelos cuidadores. Da mesma forma, em termos de mobilidade global, surge dificuldade em andar, levantar-se, comer sozinho ou até ficar sentado à mesa. A sua participação social e familiar fica limitada, tornando a pessoa mais isolada e aumentando a sua passividade;
Promoção da organização da pessoa no tempo e no espaço: é importante diminuir as alterações de rotina, os estímulos constantes e orientar a pessoa no espaço e no tempo, paciente e repetidamente, devendo as pessoas de referência ser constantes.
Para mais informações aceda a www.alzheimerportugal.org/PT ou entre em contacto com os técnicos do Gabinete de Apoio à Família e Comunidade da A.S.S.V. São Jorge.
A equipa GAFC: Joana Pinheiro (terapeuta da fala), Diana Costa (terapeuta da fala) e Sofia Alves (psicomotricista)